O aumento da inflação observado desde a pandemia de COVID-19 na Europa acrescentou um elemento adicional ao já complicado panorama previdenciário do continente, onde vidas mais longas e a necessidade de garantir níveis adequados de benefícios se contrapõem à sustentabilidade de longo prazo dos sistemas, levando reguladores a implantar medidas visando a um equilíbrio financeiro-atuarial já delicado dos regimes de repartição.

Nesse contexto desafiador, muitos países vêm ajustando os benefícios estatais a índices de preços com a finalidade de manter o poder de compra de participantes/segurados. O problema, lembra a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), é que os salários - e, portanto, a receita da maioria dos programas previdenciários - não subiram na mesma medida. Na mais recente edição do estudo Pensions at a Glance, publicado no final de 2023, o organismo internacional alerta que a “correção de aposentadorias e pensões pela inflação tende a gerar déficits, seja na contabilidade previdenciária, seja nas contas públicas como um todo”.

O cenário europeu - e mundial - será discutido por diferentes especialistas ao longo dos quatros dias do Seminário Internacional da UniAbrapp “A Estrutura da Previdência na Europa”, com destaque para as experiências individuais de países como Espanha, Holanda, Irlanda e Reino Unido, que, à sua maneira, vêm realizando reformas estruturais e/ou paramétricas para equilibrar a previdência estatal, otimizar a interação entre diferentes pilares e ampliar a adesão a planos complementares capitalizados.

PREÇOS OU SALÁRIOS  •  EXPECTATIVA DE VIDA  •  ESPANHA  •  O SISTEMA PREVIDENCIÁRIO  •  O DESAFIO DA SUSTENTABILIDADE  •  REFORMAS RECENTES  •  MERCADO DE TRABALHO  •  PREVIDÊNCIA PRIVADA  •  ESTÍMULO AO SETOR  •  FONDOS DE PENSIONES DE EMPLEO DE PROMOCIÓN PÚBLICA (FPEPP)  •  TRIBUTAÇÃO  •  PAÍS BASCO  •  HOLANDA: BD PARA CD  •  IRLANDA E REINO UNIDO: ESTÁGIOS DISTINTOS DA INSCRIÇÃO AUTOMÁTICA